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terça-feira, 12 de maio de 2015

Uma nova operação?

Como estava a recuperar de uma forma excepcional, decidimos colocar o nosso filho na creche mais cedo do que previsto. Inicialmente, estava prevista a a sua inserção em Outubro de 2013 mas acabamos por colocá-lo em Setembro de 2013, cerca de uma semana após o começo do ano lectivo. Era com alguma expectativa que aguardávamos por esse momento. Um mundo diferente e com regras diferente iria abraçá-lo e podia não ter um bom começo. Surpreendentemente, não houve qualquer dificuldade de adaptação. Essa fase, contou com ajuda com uma educadora de ensino especial (ELI) que pacientemente o colocou a almoçar sozinho e a comer fruta natural pela sua própria mão. Foi um grande passo para o seu desenvolvimento e comer nunca foi problema para ele :)

O mundo da creche era algo que iria ajudá-lo a ultrapassar algumas dificuldades que até à data sentia e a socialização com outras crianças iria trazer benefícios para o seu comportamento. Tudo corria bem até à primeira virose "escolar" como uma "tite" qualquer que não recordo o nome e por consequência uma Otite. Isto aconteceu quando já decorria o mês de Outubro.

As otites não eram novidade visto que já tinha tido algumas anteriormente mas sem significância. Só começamos a preocupar quando as mesmas começaram a ser reincidentes e com consequência disso, a toma de antibióticos que, como sabem, faz bem a umas coisas mas faz bastante mal a outras. Eram umas atrás das outras e não havia tratamento possível para impedi-las... e foi quando nos falaram em operação.

Operação? Uma nova operação? - pensava eu, incrédulo. Foi algo que,mais uma vez, não queria acreditar e pensava que haveria alternativas que não passassem por uma nova cirurgia... e anestesias.
Chegamos ao novo ano de 2014 e já o nosso filho coleccionava 5 otites em menos de 4 meses. 

Era preocupante.

Esta situação estava a dificultar o seu desenvolvimento visto que desconfiávamos que a sua audição estaria a ser afectada. Foi encaminhado para fazer os testes auditivos e comprovou-se o pior... 

...o nosso filho necessitava mesmo da cirurgia. Encontrava-se totalmente surdo de um ouvido (líquido no ouvido) e o outro estava a meio termo.

Tomei consciência que a única alternativa era mesmo a operação e resolvemos colocar pressão sobre os profissionais de saúde visto que as otites não paravam e nesse momento já tinha chegado as 10. 

Foi colocado de imediato em lista de espera...mas a operação estava prevista para Outubro de 2014 e com este andar, o nosso filho estaria a tomar antibiótico até essa data. 

A minha esposa decidiu enviar um email para o hospital para tentar mostrar a gravidade da situação e, com alguma surpresa, responderam marcando uma reunião.

O resultado dessa reunião foi ao encontro daquilo que pretendíamos....o fim disto tudo.

A cirurgia ficou marcada para 02 de Maio de 2014.


Tudo tem começo e meio. O fim só existe para quem não percebe o recomeço

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